segunda-feira, setembro 04, 2006

O RIO

Acordei de loucura, tuas pernas fechadas me afastaram com frieza, me levantei por teu frio toque sufocado como asno engasgado com um molho de cardos na garganta.
Dirigi-me ao rio.
Sentado a brisa refrescava a face, o café inundava de aroma o sentir, olhava o rio…. Os sons das folhas que cantavam ao passar do vento. Aqui e ali saltam carpas. E sinto as tuas carícias, teus dedos, teus doces beijos, mas… não a tua presença. Tomo o gosto do café, sinto o aroma, as folhas acompanham suavemente, refresca a brisa. Sinto as tuas carícias nas lágrimas de meu rosto. Sinto a ausência de teus beijos. Não sinto a tua presença. Olhando para a canoa entrei. As sombras na corrente, o silêncio rompido pelo cantar dos guarda-rios. Desliza docemente a canoa, deitado as mãos tocam na água numa carícia de rio. A paz… a calma…
O passeio que fiz, que senti… adorei.
Ou sonhei?...